“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


quinta-feira, 27 de julho de 2017

"A beleza da corrida" - Deborah Nogueira Couto

Memórias de uma tarde no Parque do Sabiá (Uberlândia - MG)
Deborah Nogueira Couto -  14 de julho 2015
         Outro dia, eu estava caminhando no Parque do Sabiá e um tornado passou por mim. Um tornado desses que derrubam as papeladas que guardamos nas mesinhas entre os neurônios... Logo comigo, q sempre tive problemas com papéis quando não há canetinhas por perto! Na gênese dessa ventania, notei um rapaz que ia correndo logo à minha frente. Contrariando a ordem natural das manadas e procissões (que prezam por ir adiante em linha reta, seguindo formalmente o desenho da pista), esse ser vivente corria desordenadamente; dando pulos e sobressaltos, usando os outros pedestres como obstáculos e deixando para trás um desenho tortuoso e enlouquecido, com a graça e leveza de um antílope obeso e míope no asfalto quente... E eu achei o máximo! Lá foi ele em sua corrida frenética e atropelante.
            Confesso que, depois desse momento, todos os corredores que passaram apressados por mim, me pareceram categoricamente chatos. Dessa vez, não somente por estarem suficientemente em forma pra correr uma volta inteira sem protagonizar uma angina e eu não; mas simplesmente porque eles estavam seguindo a linha, em sua corrida sem obstáculos, sem papéis caindo, sem tornados e ventanias!
          Fiquei pensando... Não existe nenhum problema em seguir a linha. Absolutamente nenhum! É bom! Em diversos momentos, é simplesmente necessário. Se não houvesse uma pista, não conseguiríamos delimitar inícios e chegadas, potencializaríamos o risco de sair do compasso e deslizar mato à dentro, ralar o joelho, quebrar o nariz e todas essas coisas que a criançada nasce PhD, mas perde o talento ao longo dos anos.
          Entretanto, apesar dos benefícios dos traços delimitados, parece que - em alguns momentos - a vida pede um “quê a mais”; um toque apimentado de criatividade, de ousadia. E nem é preciso deixar a pista pra trás (Vide exemplo mencionado!). Quem sabe uns pulos mais amplos, uns passos inesperados aqui e ali. Ok, pode até ser que demore mais tempo pra alcançar a linha de chegada. Mas que corrida é essa mesmo? Contra quem? Contra o quê?
             Tenho coletado cada vez mais motivos para concluir que a beleza da corrida não está mesmo só nas metas que traçamos; mas nos pedestres que fizemos sorrir, nos papéis que voaram de cima da mesinha organizada, nas sementes que espalhamos, nos vovôzinhos preciosos com os quais conversamos, nos bichinhos que paramos pra observar, na beleza dos desenhos de Deus e até nos tombos que levamos... Ah, como eu amo esse parque!!!

Deborah e Regina
Mãezinha, é tanta coisa pra agradecer q eu até trupico no discurso! rs. 
Levo a senhora comigo onde eu vou; no meu coraçao, nos traços do meu rosto, nos traços de minha personalidade. Privilegio q Deus me deu  
Te amo mtoo, te admiro cada dia mais e sinto mta saudade. Não tenha nenhuma duvida disso... Ah, e vc é a melhor de todos os universos do mundo inteiroo ^^ ou algo do tipo, um pouco mais lógico e não menos poético! Hahahah  feliz domingo! (Deborah, publicada no facebook no dia 16 de março de 2014)

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