“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

'Amarelou? Vinagre, sabão e luz...!!!' - Deborah Nogueira Couto

            A minha filha Deborah me mandou esta mensagem ('Sobre as roupas brancas'), que tocou muito o meu coração.
Deborah e seu pai: 'inho'
            É verdade! Vivemos numa geração mais preocupada em reciclar coisas do que relacionamentos. Muitas vezes, deixamos nossos familiares, amigos, nossa vida com Deus num canto, amarelando. Há ainda pessoas que, por picuinhas - miudezas sem importância, descartam relacionamentos. Outros, por 'desejos' não satisfeitos, chegam a ficar emburrados com Deus.
            Amarelou? Vinagre, sabão e luz!!! 
            Ah, nada como o vinagre e o sabão na forma de confissão, sinceridade, humildade pra tirar o azedume, o ranço, o mal. Pode arder, mas faz muito bem...
            Nada como a luz que vem do Eterno pra aquecer os corações trazendo o perdão, um novo brilho, uma nova alegria...
            Luz que é fonte de vida (Sl 36.9), que fecunda (2Sm 23.4), que revela coisas profundas (Jó 12.22), que ilumina os passos (Sl 119.105), que traz visão e alegria (Sl 19.8).
            Ah, Luz, sublime Luz...

Fica o que a Deborah escreveu pra nossa reflexão:
"Sobre as roupas brancas (Deborah Nogueira Couto)
Eu não gosto de usar roupas inteiramente brancas...  Já ouvi que causam uma sensação de distanciamento. Outros, dizem que elas são importantes pra figura do profissional de saúde* ou mesmo pra relação com os pacientes e blá, blá, blá. Eu, percebo que fazem as crianças chorarem! Os mais espirituosos afirmam que transmitem paz (Apesar das atitudes sempre falarem mais alto, convenhamos). 
Tirando essa primeira visão subjetiva, e sem entrar no mérito de quem tá certo ou errado, na prática, concordamos sem medo de ser feliz que: Roupas brancas sujam muito rápido. Não exclui (nem inclui) qualquer outra característica anterior. O fato é que, tudo que é pouco prático, hoje em dia, gera um pouco de estranheza (é tempo de rapidez, do expresso!) e nos faz repensar. Especialmente, no epifânico momento de lavar roupas, quando pegamos aquela linda e delicada blusinha de renda.
Digo que é “pouco prático” porque, diferente das outras cores, as roupas brancas precisam de certo cuidado a mais na hora de lavar, de vestir, de andar por aí, de rolar na grama e pular na lama (Opa, nem tanto!).
Sem querer me gabar de meus genes, minha mãe deixa roupas brancas como ninguém! Sabidamente, elas insistem em amarelar. Daí vem minha mamãe, quase mensalmente, e, sem nem eu pedir, com uma mistura inexplicável de vinagre, sabão em pó, detergente, amor e luz solar, faz minhas roupas brilharem novamente! É quase uma poção mágica de uma fadinha caseira. Elas ficam como novas! Algumas eu já pensando em jogar fora... E, de repente, ressurgem belas e cheirosas.
            Tantas coisas por aí amarelando também... Coisas que a sociedade de hoje aponta como "pouco práticas", mas que são tão importantes. Relacionamentos, auto-cuidado, penteado de cabelo, sorrisos, olhares, flores na janela, vida com Deus...
            Talvez devêssemos dedicar sempre um tempo para um renovo, pra tirar o amarelo, pra tirar não só a poeira superficial, mas a sujeira profunda também; dos sorrisos amarelos às marcas de desodorante. Isso envolve métodos não ortodoxos, “Poções caseiras”, cuidado com carinho, até que fique o mais bonito possível... 
Envolve tempo! 
            É pensar com carinho e colocar um brilho novo nas roupinhas brancas da vida. Elas são lindas! E o fato de não serem tão práticas, as deixa ainda mais bonitas.
            Então, o convite do dia é tentar "repaginar". Um presente surpresa, um carinho, uma sessão de fotos divertidas, um programinha simples e novo. 
           Pode envolver vinagre, sabão e luz do sol. Minha mãe usa isso mensalmente... Funciona!!!"

* Deborah é médica e residente no HRG (DF)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

'Blecaute do coração'

            Tivemos o privilégio de visitar Israel e, ao entrar no Rio Jordão, emocionei-me ao lembrar da declaração de amor de Deus Pai ao Seu Filho Jesus Cristo: 
 
           
“Este é o Meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17 b)



            
Emocionada e chorando, pedi: Senhor, perdão por ter entristecido, tantas vezes, o Seu Santo Espírito, com o meu pecado. 
Ensina-me a agradar o Seu coração”. 

O Rei Ezequias (2 Cr 29.1-11 - grifos acrescentados) ao constatar o seu distanciamento de Deus reconhece os motivos de tanta confusão e perplexidade que assolava o seu povo:
"... Ouvi-me, ó levitas! 
Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do Senhor, Deus de vossos pais; tirai do santuário a imundícia. 
Porque nossos pais... fizeram o que era mal perante o Senhor, nosso Deus e O deixaram; desviaram o Seu rosto do tabernáculo do Senhor e lhe voltaram as costas.
Também fecharam as portas do pórtico, apagaram as lâmpadas, não queimaram incenso, nem ofereceram holocaustos nos santuários ao Deus de Israel.
Pelo que veio grande ira do Senhor sobre Judá e Jerusalém, e os entregou ao terror..." 

Vivemos também dias de terror, espanto e medo:
Muitos ajuntamentos e adoração estranhos ao Senhor, conivência com o pecado, corações (templos do Espírito Santo) trancados à Sua vontade, Bíblias fechadas (lâmpadas apagadas), rostos distraídos por tantas futilidades, costas voltadas a Deus...

Como temos assistido a tanta corrupção, impunidade, decapitações de irmãos nossos, violências, ataques terroristas? Indiferentes, frios?

Ezequias conclama o povo e se dispõe, imediatamente, a tomar uma atitude em direção a Deus:
"Agora, estou resolvido a fazer aliança com o Senhor, Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da sua ira".

Ah, meus amigos, podemos perder tudo (família, bens, sonhos...), mas jamais podemos perder a Presença de Deus em nossas vidas 'porque nEle vivemos, e nos movemos, e existimos' (At 17.28a).

Voltemos para o Senhor - agora - enquanto ainda é o tempo da oportunidade!
E que o nosso Deus, rico em misericórdia, nos ensine a agradar o Seu coração, em todo tempo!

Para reflexão: No que temos distanciado de Deus? 
Vamos nos prostrar diante d'Ele e clamar pelo Seu perdão, pela Sua misericórdia de modo que a Sua vontade (boa, perfeita e agradável) se concretize em nossas vidas? 
Que tal fazer isto AGORA
Que o nosso Deus, em todo tempo, se alegre ao olhar para nossa vida, para as intenções dos nossos corações confirmadas por uma decisão firme que conduza a novas e perseverantes atitudes.


'Primeiro amor (Aline Barros)
Quero voltar ao início de tudo
Encontrar-me contigo, Senhor
Quero rever meus conceitos, valores
Eu quero reconstruir
Vou regressar ao caminho
Volver às primeiras obras, Senhor

Eu me arrependo, Senhor,
Me arrependo, Senhor
Me arrependo, Senhor

Eu quero voltar 
Ao primeiro amor - bis
Eu quero voltar a Deus'

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, 
para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; 
perplexos, porém não desanimados;
perseguidos, porém não desamparados; 
abatidos, porém não destruídos" (2 Co 4.7-9)

E, 'em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, 
por meio daquele nos amou' (Rm 8.37). 
ALELUIA!!! Louvado seja o nosso Deus, razão do nosso existir!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

'O Senhor é meu pastor...'

'O Senhor é o meu pastor,
nada me faltará...
Ainda que eu ande 
pelo vale da sombra da morte
não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo;

o teu bordão e o teu cajado me consolam' (Sl 23.1,4)

          O Senhor é 'meu pastor'! Louvado seja o Seu nome!
Deus de alianças. Posso crer que nada me faltará, nem provisão, alegria, proteção, refrigério, entusiasmo. 
Sim, eu creio, pela sua misericórdia infinta, Ele está comigo. ALELUIA!!!

Provações? Deus tem um propósito! 
Ele está comigo e não preciso temer!
A Sua vara nos alerta, disciplina, nos tira do cochilo da morte, nos prepara para um renovo. Porém, a vara não vem sozinha! Ela é acompanhada pelo cajado que nos recolhe, nos aconchega em Seus braços de amor: `... a tua vara e o teu cajado me consolam` (Sl 23.4).
Obrigada Senhor porque em Sua Presença, meu coração se aquieta e, então:
      "Considero os meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos... Antes de ser afligido, andava errado, 
mas agora guardo a tua palavra" (Salmo 119.59, 67)


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

'Sua biografia é publicável?'

Gosto muito de ler biografias. Entretanto, é lastimável precisar ‘ler nas entrelinhas’.
Um grande número de biografias maquia fatos importantes ou encobre verdades que mudam todo o contexto.
A realidade é que os biógrafos ‘pisam em ovos’ pra não serem censurados pelos protagonistas ou familiares e terem seus livros retidos.
Outros por partidarismo ou, até mesmo, em proveito próprio, evitam desfazer mitos de estadistas e celebridades e, em seus trabalhos, fomentam opiniões pré-fabricadas.
Nos últimos meses, a mídia tem se ocupado em divulgar a resistência de alguns artistas, alguns deles expoentes opositores na época militar, que se recusam a expor detalhes de suas vidas. Valentes pra apresentarem (em verso e prosa) pormenores desabonadores de outros e covardes pra serem transparentes com relação a sua própria história. A pergunta que não quer se calar: 'Do que eles tem medo? O que perturba sua consciência?'

Sou grata a Deus porque não permitiu que ocultassem os desatinos dos seus profetas, líderes e reis. A Bíblia relata que Abraão, Moisés, Davi e tantos outros tiveram suas limitações, medos, pecados que foram divulgados publicamente. Os que pecaram e voltaram atrás foram tratados, perdoados mostrando o calibre da misericórdia e do amor de Deus.
Longe de perder a credibilidade o modo com que lidaram com a sua iniquidade evidenciou o que ia no seu interior, como estava o seu relacionamento com Deus.

Estes homens, com suas atitudes, erros e acertos tem ensinado a todas as gerações vindouras que Deus é compassivo com o pecador, mas não tolera o pecado. Deus espera arrependimento demonstrado por quebrantamento e transformação seja de sentimentos, atitudes ou palavras.
Pelos olhos humanos que rotulam e dimensionam os pecados, pensamos que Davi errou mais que Saul. Adulterou com Bete-Seba (2 Sm 11.1-5), arquitetou a morte de Urias (2 Sm 11.6-25), foi um pai relapso (2 Sm 13 e 14; 1 Rs 1.6).
Entretanto, o que interessa é que a sua atitude ao se defrontar com o seu pecado foi a de um homem prostrado, buscando o perdão e transformação no colo do Pai.
O distanciamento de Deus, a dor pelo pecado era tão grande que Davi confessava que gemia de dia e de noite, sentia angústia, fraqueza, os ossos envelhecendo, esmagados. Davi assumia com humildade e choro, publicamente, seu pecado. Clamava o perdão de Deus, a Sua instrução, o Seu conselho. 
Davi declarava que o que realmente importava era a opinião de Deus sobre sua vida e não a do povo que comandava, a Presença de Deus e não de milhares de súditos e candidatas a princesas (Salmos 32 e 51; 42.1). 

Por sua vez, o Rei Saul preocupava-se com o que os outros pensavam dele, queria a honra de homens, mesmo que fajuta (1 Sm 15.30). Como muitos, Saul não assumia seus erros, suas lutas internas. Pelo contrário, desculpava-se ou colocava a culpa em outro (1Sm 15.19-21).
Resultado? O Rei Saul foi rejeitado por Deus (1 Sm 15.26) e Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 17.18-21).

Estamos vivendo um momento preocupante em que a charlatanice, as falsas informações tem se alastrado em todos os âmbitos (religiosos, políticos, artísticos) e, muitas vezes, ficamos confusos com relação ao que realmente é válido.
 "Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas" (Mt 10.16)
E nós? Com relação a nossa vida, o que temos valorizado? 
O que Deus pensa de nós? Temos uma vida que pode ser considerado um livro aberto, aprovado por Deus? 
Quando evitamos o passado representamos o coxo que mantém o peso fora da perna machucada. A dor, o problema continuam. Todos tem necessidade de rever o passado, voltar o coração a Deus e ser tratado, curado. 
Você quer ser curado?
Em sua história de vida, existem porões escuros que tem evitado adentrar? Será que ficaria tranquilo se a sua biografia fosse escrita, sem omissões? 
Aprendo que posso ter uma biografia publicável pela minha reação ao pecado, pela minha disposição de reconhecer a iniquidade, pedir perdão e me dispor a mudar, a acertar, de ser melhor hoje do que fui ontem. 
É enfrentar o passado com coragem. Ou tiramos as máscaras ou elas nos tiram. É só uma questão de tempo! Certa feita meditei a este respeito e convido a você fazê-lo também: http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2013/02/ou-voce-tira-as-mascaras-ou-as-mascaras.html

O que Deus pensa de você? 
Philip Yancey (2002) considerou que Deus parece alternar a postura de espectador e de participante: O que Deus tem visto na sua e na minha vida?
Será que é o momento de pedir perdão, decidir mudar de vida, de atitudes? Liberar perdão, rever relacionamentos, projetos?
* 
"O maior amor que alguém poderia imaginar que venceu a cruz e a sepultura, para encontrar a minha alma" (Tradução do desenho da minha filha Deborah). ALELUIA!!!


'Obrigada Senhor pelo Seu tão grande amor. Ajuda-me a deixar as máscaras, a sair da caverna e buscar ao Seu lado uma vida transparente, verdadeira, que traga, no futuro, lembranças agradáveis e um sorriso pelas boas realizações. Ensina-me, dia a dia, a envelhecer sem porões, sem cantos escuros e escondidos de modo que minha biografia não traga vergonha ao meu coração e aos dos meus descendentes, com a certeza de que meus pecados foram confessados e perdoados na cruz, em Cristo Jesus. ALELUIA!'.

* YANCEY, P. Encontrando Deus nos lugares mais inesperados. Editora United Press Ltda, 
           2002, 260 p.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

'Caminhos inescrutáveis...'

Hoje ouvi uma mensagem, que moveu o meu coração, feita pelo pastor Lucas Quintino e gostaria de compartilhar esta benção:
"E foram ter com João e lhe disseram: Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho,está batizando, e todos lhe saem ao encontro. 
Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for  dada" (João 3.26-27)
Os discípulos de João confessam a ele que estão preocupados com a diminuição de seus seguidores e com o aumento do 'ibope' de Jesus.
Com discernimento, João replica que o homem nada pode receber se não for concedido por Deus e que convém que Cristo cresça e que ele diminua.
Esta mensagem que trata da soberania de Deus nos ensina que o que temos, o que somos, não é por merecimento próprio e sim pela graça de Deus. 
Portanto, as derrotas, as frustrações não devem nos deprimir porque não sinalizam nossa incompetência ou má sorte e sim um propósito de Deus.
Por sua vez, as vitórias não devem nos envaidecer, porque não provém de mérito e sim pela dádiva do Pai.
As oportunidades? Concessão de Deus, que devem ser abraçadas com entusiasmo, responsabilidade e submissão. Não com vaidade porque não é conseqüência de mérito e sim privilégio gracioso concedido pelo Pai. 

O cântico, escrito por Carlos Sider, diz: 
"O que passou, tudo o que vi, o que ficou, o que aprendi. 
Tantos momentos, bom recordar, comigo esteve, Deus a guardar. 
O que sonhei, e o que já fiz, se algo acertei fui aprendiz, 
a melhor coisa a Ele seguir, sempre lá esteve, Deus a ensinar.
Busque o que busque, Ele é quem dá, move o desejo e o realizar.... 
No que eu tiver, no que eu guardar, no que esta mão vier ganhar. 
Nunca me esqueça quem tudo dá, quem sempre esteve, Deus lá estará.
Que isto esteja impregnado em nosso coração. Deus sempre estará presente em nossa história e nada deve nos angustiar e tampouco nos ensoberbecer  "porque d'Ele, e por meio d'Ele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.36) - ALELUIA!!!

* Fotos e desenho da Deborah