“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


sábado, 23 de março de 2013

'Contribuir e não competir!'

“...O que muito colheu não teve demais;
e o que pouco, não teve falta” (2 Co 8.15)
Abel Mutai, atleta queniano estava próximo da linha de chegada (10 metros) em uma corrida de obstáculos na Espanha, quando considerando-se vencedor, distraiu-se cumprimentando o público.
Ivan Fernandez Anaya, espanhol de 24 anos, vinha em seguida e ao perceber o engano de seu adversário, negou-se a ultrapassá-lo. Pelo contrário, empurrou-o, levando-o até o final da chegada, ficando em segundo lugar. Emocionante: http://www.youtube.com/watch?v=oHYYEber5xo

Vendo este vídeo achei interessante considerar uma reportagem da 'Revista Isto É' e refletir um pouquinho sobre 'contribuir e competir'.
Esta revista apresenta os resultados de pesquisas de Edward Wilson, da Universidade de Harvard que rebate a teoria de evolução de Darwin e suas derivações por Spencer, Hamilton e Dawkins (vide quadro).
http://www.istoe.com.br/reportagens/205685_O+PODER+DA+GENEROSIDADE?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

Na teoria, proposta inicialmente por Darwin, a competição entre os indivíduos favorece a sobrevivência e a transferência genética para as futuras gerações dos melhores ou dos mais fortes. Consideram ainda que o altruísmo (capacidade de renunciar em favor do outro) é regido, na verdade, pelo gene egoísta, estratégia para passar seus genes adiante.

Muitos destes trabalhos foram realizados com insetos sociais e, quando enfocamos o ser humano num ambiente complexo, embalado por história de vida, cultura com crenças, valores, ideais fica ainda mais difícil generalizar.

Wilson ampliou esta questão em múltiplos níveis (indivíduo e comunidade). Considerou que ‘se individualmente a atitude egoísta favorece o indivíduo, em sociedade, os grupos mais altruístas prevalecem sobre os demais’. 
Entretanto, o que se observa é que uma comunidade pode progredir mais e melhor quando os seus componentes se ajudam mutuamente, sem competição. A Palavra nos diz que casa dividida não subsiste (Mc 3.25). 
“A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais;
ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda.

A reportagem apresenta diversas experiências (grupos, empresas, países) em que o progresso ocorre graças ao trabalho cooperativo, quando há troca desprendida de idéias, de recursos, de favores.
A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado” (Pv 11.24-25)
Segundo o neurocientista brasileiro Jorge Moll, quando alguém pratica uma ação altruísta aciona áreas do cérebro relacionadas com recompensa. A Bíblia nos ensina que: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20.35).

De qualquer forma, voltando à beleza do comportamento altruísta do atleta espanhol, lamentamos o fomento da 'busca de levar vantagens em tudo', ao batizar muitas atitudes indignas, algumas delas até legais, porém imorais como 'jogo de cintura', 'adaptação', 'busca pela sobrevivência'
Indivíduos egoístas, gananciosos, cruéis em suas estratégias para alcançarem poder, bens e satisfação para os seus desejos. 
Gente que acha encantador e sinônimo de esperteza dar o célebre ‘jeitinho brasileiro’ numa sociedade que tem ensinado a torcer pelos anti-heróis e considera tolice não aproveitar brechas para obter benefícios. 

Na prática significa burlar normas, indiferente ao padrão moral e social explicando tantas promessas não cumpridas, subornos, corrupções, fugas de responsabilidades.
É transitar pelo acostamento; é vender gato por lebre; furar filas; entrar na contramão para fugir do engarrafamento; trabalhar somente sob vigilância; subornar guardas para não pagar multas de trânsito; pagar propinas para tirar carteira de motorista; chgar atrasado e dar uma desculpa 'esfarrapada'; colar nas provas; não cumprir o prometido; não pagar dívidas; pagar para outros fazerem seus relatórios escolares e TCC; mentir sobre os motivos das falhas.
Pode até parecer interessante, a princípio, mas as conseqüências são sempre funestas: acidentes letais; profissionais incompetentes; fragilidade das instituições que deveriam educar e proteger os cidadãos; falta de paz; de comunhão; de alegria.
Jesus Cristo veio para que tivéssemos vida e vida em abundância, de qualidade, sem atropelar valores eternos visando sobrevivência.


“Senhor, ensina-me a semear com generosidade e não ser indiferente ao meu irmão necessitado. A nunca negociar os Seus princípios e a cumprir a Sua vontade, em todo tempo. Ajuda-me a esperar sempre no Senhor, mesmo com perdas imediatas. Em Cristo Jesus, exemplo de amor generoso e compassivo, amém!”


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