.Aprendendo com o beija-flor (Colibri
serrirostris)
“Herança do Senhor são os filhos; o fruto
do ventre, seu galardão” (Sl 127.3).
Beija-flor, ave pequena e encantadora. Sua plumagem iridescente revela inúmeros
matizes. É considerado o menor vertebrado do mundo, os ossos de suas asas são
flexíveis e curtos, atingindo de 50
a 80
movimentos por segundo.1,2 Ágil,
voa até de marcha-ré e permanece imóvel no ar.
Entretanto, sua pequenez e fragilidade são
ilusórias já que os seus músculos, em proporção ao seu tamanho, são nove vezes
mais fortes do que os dos homens.
Ousado, enfrenta e persegue aves temíveis,
cem vezes maiores, como o gavião, com vôos rasantes e arriscados. Toma posse de
territórios ou fontes de néctar e luta, com garra, por eles e pelos seus
filhotes.
Foto extraída de: http://www.terradagente.com.br/fauna/0,0,2,492;4,beija-flor-de-orelha-violeta.aspx
O que eu aprendo com esta delicada ave?
Aprendo que não importa a grandeza dos
meus recursos porque não estou só. Deus me capacita e me dá forças pra lutar
pelos meus valores, pela minha família: “...
porque um há conosco maior do que o que está com ele” (2 Cr 32.7b).
Aprendo ainda que os músculos da minha fé
devem ser exercitados, dia a dia, para serem utilizados nos momentos de ameaças, caso aves de rapina sobrevoem nosso ninho.
Davi (por volta de 1050
a .C.), um rei poderoso, guerreiro hábil pra arquitetar
estratégias e vencer guerras, foi derrotado como pai.
A história conta que Davi não contrariava
os seus filhos (1 Reis 1.5-6). Era um pai ausente, não vigiava o seu ninho,
os amigos dos seus filhos, como deveria. Certo dia foi surpreendido por terríveis
tragédias. Seu filho Amnom recebeu de um amigo sagaz, Jonadabe, conselhos de
morte.
Davi ainda cochilou quanto às intenções de
Amnom com Tamar, sua irmã. Ao saber do incesto ficou irado, mas não há registro
que disciplinou Amnom. Absalão, revoltado, vinga a irmã; mata Amnom e se
refugia na casa do avô (2 Sm 13.1-39).
Por sua vez, a história de Rispa,
contemporânea do Rei Davi, é desafiadora (2 Sm 21.1-14). Ela perdeu dois filhos, enforcados
pelos gibeonitas. Rispa tomou um pano de saco e o estendeu sobre uma penha e
permaneceu de guarda, desde o principio da ceifa até as primeiras chuvas (de 60 a 90 dias), não permitindo
que aves ou animais aproximassem dos cadáveres.
O zelo dessa mulher pelos filhos mortos
trouxe admiração a todos. O Rei Davi, ao saber disso, ajuntou os ossos dos
enforcados e os enterrou junto à sepultura do seu pai, Quis. Rispa
recebeu o reconhecimento que queria para os seus filhos.
Depois disto, a Palavra nos diz que Deus
se tornou favorável para com a terra (2 Sm 21.14), reverteu a maldição em benção. Depois do
que? Depois de Davi ter reparado a quebra da aliança com os gibeonitas e restaurado
a memória dos filhos de Rispa.
O que temos feito com os nossos filhos? Rispa
fez pelos seus filhos mortos o que muitos não fazem pelos seus filhos vivos. Como
Jó, precisamos clamar por eles, em todo tempo (Jó 1.5).
Como está o nosso território? Há aves de
rapina querendo destruir nosso sossego, roubar a segurança de nossa família?
Não podemos hesitar, temos que enfrentá-las, com coragem. O
beija-flor, de pequeno porte e aparência frágil, é um exemplo de luta corajosa
pela sua prole.
Nossos
filhos são heranças do Senhor. Nossa descendência precisa crescer saudável,
amadurecer suas asas para que, no devido tempo, alcem vôos e cumpram o
propósito de Deus.
Para Refletir: Você conhece os amigos dos seus filhos e as
suas intenções? Tem conversado, mantido
um canal de camaradagem com seus filhos? Tem se colocado na
brecha, orando sempre por eles e com eles?
Oração: “Senhor, meu Deus, abra os meus olhos para
que eu perceba o que acontece ao redor e no interior do meu lar. Que eu esteja
sempre na torre de vigia, atento às artimanhas dos predadores e tenha forças e
sabedoria para enfrentá-los. Faça dos nossos filhos canais de bençãos. Não nos deixe cair em tentações e livra-nos do
mal. Por Jesus, amém”.
Citações
1 Campbell ,
B., Lack, E. 1985. A Dictionary
of Birds. Vermillion: Buteo Books, 670 p.
2 Camfield, A. 2004. "Trochilidae"
(On-line), Animal Diversity
Web. Acessado 18/11/2008 em
http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Trochilidae.html
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