“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

“Põe guarda, Senhor, e vigia o futuro dos nossos filhos”

(by Deborah)
“Então, Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu se aproximassem deles de dia, nem os animais do campo, de noite” (2 Sm 21.10).

Qual o contexto histórico (2 Samuel 21)?
            Tempos de fome, por três anos consecutivos. Davi consulta ao Senhor e Deus lhe diz que esta penúria era resultado da culpa de sangue sobre Saul e sua casa por ele ter matado injustamente os gibeonitas. Havia uma promessa feita por Josué de que os gibeonitas seriam poupados por Israel (Josué 9.15-20).
           
Davi então procura este povo e pergunta o que deveria fazer para que a herança do Senhor fosse abençoada (2 Sm 21.3). Eles pedem a morte, por enforcamento, de sete filhos de Saul em Gibeá. Mefibosete foi poupado pela promessa que Davi tinha feito a Jônatas, seu pai.
Sete homens, filhos do Rei Saul, foram mortos no princípio da ceifa da cevada. Dois deles eram filhos de Rispa e netos de Aia.
Rispa, então, tomou um pano de saco e o estendeu sobre uma rocha e ficou vigiando desde o principio da ceifa até que caiu água do céu. Rispa não admitia que seus filhos mortos fossem comidos pelas aves ou animais selvagens.

O que aprendo com esta história?

  1. Temos que zelar pelas alianças e promessas que fazemos.
Esta história é resultado da quebra de uma aliança feita precipitadamente, mesmo tendo sido ela feita no passado e por outra pessoa.
Hoje vemos menosprezo pelas alianças; desrespeito pelos sentimentos, integridade e propriedade do próximo.
Muitos fomentam o divórcio, removem marcos antigos estabelecidos pelos pais (Pv 22.28), adulteram o direito dos desfavorecidos, corrompem a justiça, mudam a lei a seu favor. Deus diz que será amaldiçoado quem assim o fizer (Dt 27.16-26).
Deus abomina o divórcio, a corrupção, a infidelidade e a deslealdade. Em Malaquias 2, Deus nos adverte duas vezes: ‘cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis’ (Ml 2.14-16).

Isto traz temor e tremor ao nosso coração e o que nos conforta é a lembrança da graça e da misericórdia de Deus, mediante Cristo Jesus.
Se pecarmos, mas nos arrependermos, de fato e de verdade, podemos crer que, quando o inimigo apontar o dedo pra nós, nosso advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, intercederá, mostrando as marcas de onde Seu sangue foi derramado, a nosso favor. ALELUIA! Obrigada Senhor! 

Entretanto, reconheçamos a nossa necessidade de sermos perdoados, transformados e tratados por Deus e clamemos para que, em nosso futuro, Ele nos ajude a não banalizarmos a preciosa redenção em Cristo Jesus:
‘Deus, tenha misericórdia de nós, perdoe os pecados do nosso passado, a nossa inconsequência. Perdoe as alianças que fizemos e não cumprimos e nos auxilie, no abrir de nossa boca e nas nossas atitudes, a não desagradar o Seu Santo Espírito. Em Cristo Jesus, amém’.

  1. A dor revela o cerne de um caráter
O principio da ceifa ocorria nos meses de abril e maio e o início das chuvas se dava no mês de outubro. Acredita-se, então, que Rispa tenha ficado ali por cerca de seis a sete meses (comentário da Bíblia Vida Nova, pg 351, 3ª Ed. 1980).
Rispa revela um caráter audacioso e dedicado num momento tenso, de violência e insegurança.
Rispa poderia ter ficado chorando seus mortos, murmurando em seu canto, mas não o fez. Sob o sol escaldante do deserto, numa situação totalmente desconfortável, demonstra o amor de uma mãe atuante, fazendo o que podia pelos seus filhos já mortos, como uma última homenagem.

E nós? O que temos feito hoje pelos nossos filhos, nossos jovens, mortos pelo pecado? Muitos deles exalando cheiro forte da morte procedente de vícios, imoralidades, idolatria. Temos nos acovardado e fugido ao invés de enfrentar?
Precisamos zelar pelo bem estar dos nossos amados e enxotar, com firmeza, as aves de rapina que se aproximam visando remover marcos de valores eternos.
Olhe ao seu redor, convide pra sua casa jovens da mesma idade dos seus filhos, com valores que agradem a Deus. Estimule seu filho a cultivar amizades com pessoas que edificam, com boa formação moral, espiritual e inculque neles os princípios de Deus para que as colheitas do futuro sejam abençoadoras para todos.
Muitas vezes nos deparamos com notícias de jovens que estavam com amigos errados, na hora errada e, envolvidos por estes amigos, foram cúmplices de atos que afetarão o resto de suas vidas. 
Que voltemos o rosto para o Senhor, estendendo panos de saco representados por um lamento sincero vindo do arrependimento, mortificação pelo pecado sobre a rocha eterna, a Sua Palavra. Vamos clamar ao Pai pelas suas promessas de redenção, em prol dos nossos filhinhos. Que perseveremos na torre de vigia da oração, em todo tempo, sem desistir.
"Voltei o rosto ao Senhor Deus, 
para O buscar com oração e súplicas, 
com jejum, pano de saco e cinza" (Daniel 9.3)

E o que temos feito pelos nossos filhos vivos, regenerados por Deus? Temos pagado o preço de orar por eles? Mesmo que eles estejam firmes com o Senhor (benção!!!), vamos clamar preventivamente como fazia Jó, nas madrugadas (Jó 1.5).

‘Oh, Senhor, dá-nos pressa em nos acudir; inclina os ouvidos à nossa voz. Põe guarda, Senhor, à porta dos nossos lábios e vigia o futuro dos nossos filhos. Não permitas que os nossos corações se inclinem para o mal, para a prática da perversidade... Guarda-nos dos laços dos que praticam iniquidade. Pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os nossos olhos: em Ti confiamos; não desampares a nossa alma” (oração baseada no Salmo 141)

  1. Atitudes singelas podem beneficiar toda a terra.
“... Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra” (2 Sm 21.14)

Davi fica impressionado com a atitude de Rispa ao ponto de tomar os ossos de Saul e os dos enforcados e enterrá-los na sepultura de Quis, seu próprio pai.                
A Bíblia nos afirma que Deus agradou-se de tudo isto e se tornou favorável para com a terra. Não sei exatamente o motivo da satisfação de Deus (se foi com a justiça praticada pela aliança não cumprida, pela atitude de Rispa ou de Davi), mas sei que Deus se agrada e honra o zelo dos pais.

Moisés estava destinado a ser morto pelas parteiras egípcias, porém, sua vida foi poupada graças à intervenção de Deus e a iniciativa de sua mãe (Ex 2.1-10).
A fé da sunamita em buscar socorro em Eliseu, homem de Deus, fez com que seu filho fosse ressuscitado (2 Rs 4.8-37).
O clamor da viúva de Naim pela morte do seu único filho comoveu o coração de Jesus e o menino foi ressuscitado durante o seu velório (Lc 7.11-17).
Pai de amor, que visita o seu povo, que não está alheio a dor de uma mãe, de um pai, de uma esposa(o). Que possamos erguer nossa voz, continuamente, em favor dos nossos amados. 
Quando oramos envolvemos Deus em nossa história, em nossa família.
Jesus Cristo nos estimula a orar e complementa dizendo que Deus nos responderá nos presenteando com o melhor, com o Espírito Santo. Deus que compartilha conosco da Sua própria divindade, o Espírito Santo, que nos consola, nos concede fé, paciência para esperarmos pelo cumprimento de Sua promessa.
Deus fiel, que prometeu satisfazer todas as nossas necessidades (Sl 37.4-5) e que, se crermos no Senhor Jesus, toda nossa casa seria salva (Lc 11.9-13; At 16.31). ALELUIA!
“Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra;
e a quem bate, abrir-se-lhe-á”  (Lc 11.9-10)

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